terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Gregório Marin Preciado: Governo Collor e a abertura das importações

Este blog traz depoimentos sobre a vida do empresário Gregório Marin Preciado. Este é mais um relato do empresário e o post de hoje aborda a abertura das importações no Brasil. 
 
Como não dizer e reconhecer que graças ao gérmen desta experiência no campo da usinagem saíram belíssimas estórias em nível do Brasil, a maioria consolidada. Na festa de aniversário do meu filho Gregório Marin Junior, que fez 40 anos, vi um jovem convidado, o Almir com sua esposa, que a nós veio de um extrato social pobre, mas digno, hoje Gerente de Logística de uma multinacional, falando alemão e inglês e mais importante, um homem de bem. Muitos de vocês, talvez não se lembrem, mas os fatos que aqui relatarei, dos quais alguns participaram diretamente e outros de forma indireta, tenho certeza voltarão a aparecer em suas memórias e talvez palpitar mais fortemente.

Na matéria é citado que eu teria perdido o foco. É verdade, mas isto é muito anterior às datas mencionadas. Começou no Governo Collor que promoveu a abertura das importações, a partir daí o obvio aconteceu, se criaram no Brasil dezenas de empresas importadoras, sem estrutura técnica de apoio e assistência, que começaram a praticar todo o tipo de guerrilha no mercado, tornando nossa operação a nível de custo quase insustentável. Ao mesmo tempo, algo inesperado também aconteceu, algumas das nossas representadas começaram a criar produtos similares concorrendo cada vez mais entre si, em nível global, cada uma nos pressionando a priorizar seus produtos, tornando nossa estratégia e prioridades por linha e fabricante/representada muito difícil. E por fim, cada um destes fabricantes, pelo potencial do mercado brasileiro, montou sua própria estrutura no Brasil, aproveitando e absorvendo nossos especialistas em todo o Brasil. Não foi, portanto perda de foco e sim um pouco de visão, o irreversível e a total perda de lucratividade pelo gigantismo de nossa operação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gregorio !! que legal, você se lembra de mim, que bom. Me inspiro muito em você( as vezes fico lembrando de quando eu imitava a sua letra...rs..rs.., enganei muitos... e o pior, hoje não consigo escrever de outro jeito...).
Ah que saudades daquela época, quando eu fazia mil coisas ao mesmo tempo....
E não tinha nada de email, internet, sofisticação.
Lembro também de quando eu fui buscar o primeiro FAX, lá nos Correios do centro de SP, uma inovação, porque até então, só tínhamos o TELEX.
Sabe, sofri muita discriminação quando finalmente consegui entrar na Iscar. Eu era chamado de " rapaz Gremafer ", ninguém me dava chance alguma, foi com muito esforço e luta que consegui destaque, quando, devido ao inglês que aprendi, me comunicava com a matriz em Israel, daí as coisas começaram a mudar.

Ich habe nicht viel Geld, aber Ich bin ein so viel glücklich mann, weil Ich habe seinen Freundschaft und Erinnerungen. Gott sei Danke für alles.

Quer dizer: eu não tenho muito dinheiro, mas sou muito feliz, porque eu tenho suas memórias e amizade, agradeço à Deus por tudo!.

Muito obrigado,
Almir.